quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

O amor próprio e o próprio amor

Ah, o amor. Acho que todo mundo nesse mundo já escreveu sobre o amor. É o tema mais fácil de se falar, o mais polêmico e o mais difícil de se explicar. Talvez o mais importante e o menos falado seja o amor próprio, porque sem sempre o sentimos, apesar de ele existir dentro de cada um de nós.
Esse tal amor vive dentro dos nossos espelhos e dos nossos corações. Sempre temos uma autocrítica a fazer. Ou porque a sobrancelha está grande, ou porque o cabelo está sem corte, ou porque a calça que você usava há 10 anos já não cabe mais, ou porque você gostaria de ter um peito maior ou menor. Porque você não deveria ter ligado para ele, não deveria ter ido encontrá-lo, ou porque cedemos sempre.
E quando nossa autocrítica nos serve para alguma coisa, quando resolvemos ouvi-la e usá-la para o bem, nos sentimos poderosas, confiantes e isso é um chamariz para elogios. Ainda mais quando “ELE” elogia, te chama de gostosa, linda, poderosa! É melhor que uma hora de massagem no cabelo, melhor que abraçar um ursinho panda.
Já o amor, puro e simples é diferente porque tem várias vertentes. E cada um sente uma forma de amor. Tem o amor feliz, o amor depressivo, o amor irritante, o amor ausente (ou seria desamor???), o amor dependente, uma infinidade deles. Todos, isolados, são terríveis, causam tristeza, insegurança, medo, enjôo, euforia, depressão, fúria. Já eles conjugados, podem não ser tão ruins assim.
Nossa! Estou falando que amor não é uma coisa tão ruim assim???? Geralmente as pessoas dizem que amor é a melhor coisa do mundo!!!
Mas a real é que se não fosse o amor, a gente não teria que ficar preocupada com corpo, cabelo, roupa, unhas. A gente poderia esquecer que existe depilação, escovas progressivas, regimes, roupas que modelam a silhueta, cintas, tendências da moda, a cor que vai ser “up” no verão, o esmalte que vai estrelar no inverno, curvex... Mas se não fosse o amor próprio, nem ligaríamos para essas coisas mundanas. Isso mostra que um não existe sem o outro. Por isso, se quisermos amar de verdade alguém, esse alguém tem que ser nós mesmas em primeiro lugar, e quem vier em seguida, é conseqüência desse amor próprio latente.
Já diziam que o amor é o calor que aquece a alma. E cá pra nós, nada melhor que ter uma pessoa ali do seu lado, na frente da lareira, tomando um vinho, falando sobre amenidades. Ou alguém para fazer massagem num dia tenso e ouvir você reclamar da vida, do chefe, da mãe, da amiga ou do tempo que está maluco. Ou até para te dar broncas quando você está errada. Mostrar que nem sempre nós estamos certas. Um “bom dia” quando acorda, um “boa noite” antes de dormir, um “te amo” no meio da tarde...
Enfim, mesmo com as coisas chatas que podem ser relacionadas num começo de namoro como insegurança, falta de paciência, acostumar-se com a outra pessoa, grudes e manias, tem sempre o outro lado que é descobrir a outra pessoa, apresentar para a família, aprovação dos amigos, o friozinho na barriga, arrumar-se pra ele, vê-lo todo arrumadinho e cheirosinho só pra você e pensar: “Será ele a tampa da minha panela”????

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